23/07/2009

Seis meses ja se passaram. E aí? Para que viemos?

Na ultima semana, foi publicado em vários jornais yankess, pesquisas populares medindo a satisfação do eleitor estadudinense com o atual presidente, que tinha, no período eleitoral o lema: "Yes, we can! (Sim! Nós podemos.). Tudo sobre a égide unica da M U D A N Ç A !!!

Assim, tais palavras, cito Mudança e Podemos, coincidência a parte, em varias cidades tupiniquins tem causado o mesmo dissabor e desilusão que la, na terra do Tio Sam. Uma vez que o messiânico candidato Barack Hussein Obama atingiu, acreditem, o mesmo nível, que o ignóbil George Walker Bush, no mesmo período de mandato.

Portanto, passada a euforia e frisson, que causa em todos; tanto no primeiro ou terceiro mundo, país desenvolvido ou em desenvolvimento; o processo eleitoral mostra realmente qual será o destino e rumo que se seguira durante aquele mandato ao qual eleito o sufragado nas urnas.

Deste modo, analisando se seis meses, um semestre, ou 180 dias é um bom termômetro para medir o grau da real e benéfica mudança, afirmo que sim, é tempo necessário para as primeiras análises e conclusões.

Todos que acompanham politíca partidária, sabem que tal mundo ou meio, é feito setenta porcento de retórica e trinta porcento de prática, ou seja, mão na massa. Mas, quando se avalia tudo que foi pregado em campanha, dito nas rádios, distribuído em panfletos, pregados via correligionários, nos belos jingles e se mistura com a prática do dia a dia de governo; e nota-se que as duas substâncias, retórica mais prática não permite que o massa"de liga", é para mim o momento, creio, ideal para refletir e decidir-se sobre aonde se quer chegar e como se fará para tal.

Para tanto, algo nisto tudo me assusta, e recorro a um grande JORNALISTA que dizia sabiamente, que toda unanimidade é burra, e este foi um recado dito diretamente para mídia, que eivada de vícios no período militar, não ousava dizer que o rei estava nú e irritava o fidedigno cidadão Nelson Rodrigues.

Obama ja desaponta os seus. E os nossos; nos agradam? Quem ousaria pesquisar? Ou mais, quem ousaria publicar se algo dissesse que o rei estava começando a desnudar-se?

Concordo com Millôr Fernandes, melhor que democracia somente mais democracia, mas discordo dele também; que, lógico, jocosamente dizia ser democracia ele mandar em alguém e ditadura seria a causa inversa.

Conforme exposto pergunto: Será que temos democracia? Há democracia sem liberdade de informação? Há democracia sem liberdade de expressão? Há democracia quando o bla bla bla é retumbantemente mais divulgado e até mesmo venerado que a praxis? Há democracia quando chega-se ao poder e pede-se e impõe-se que os demais esqueçam tudo que foi dito e defendido antes?

De modo que, ja encerrando, gostaria muito de ver surgir entre as cidades, estados e países, uma competição agradável, sadia e necessária, onde a vanguarda de idéias e práxis dinâmicas, fossem muito mais fortes e impactantes na vida do dirigente do que certos politicos que mais se parecem os corvos da obra de Alan Poe, gralhando suas messianices oniricas e insanas.

2 comentários:

  1. Mundo vasto mundo, ah se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima e não uma solução...
    Segura Machado, por que palavras são só palavras..

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  2. Como sempre o professor Marcos nos brinda com um excelente texto, que em muito nos faz meditar!

    Aos que dizem que seis meses é pouco para cobrar mudanças eu lembro que em nove meses se gera uma vida!

    Portanto, já era tempo das mudanças aparecerem ao menos no horizonte, mas o que vemos ao olhar ao longe são apenas cinzentas nuvens a cobrir o céu da nossa amada Machado!

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